Queridos leitores,
Após trazer para vocês dicas sobre como chegar, se deslocar, se hospedar e se alimentar no Algarve, e de quais são as melhores cidades e vilas para conhecer, vou começar a falar sobre cada uma delas! A primeira cidade que conheci foi Faro e de lá, fiz um bate volta para Estoi! Portanto, falarei hoje sobre essas duas localidades!
FARO
Faro é a capital do Distrito de Faro, que corresponde ao Algarve. Possui mais de 65 mil habitantes e sua origem remonta ao séc. VIII a.c., no período de colonização pelos fenícios, quando se chamava Ossónoba. Nos séculos seguintes, passou por períodos de dominação romana, bizantina e visigoda, e entre os sécs. VIII e XIII d.c., dominação árabe (assim como em todo o Algarve e Andaluzia). No séc. XII a cidade era chamada Harun, uma referência à Dinastia Banu Harun, e o atual nome da cidade, Faro, deriva desse antigo nome (Harun --> Faaron --> Faro). No séc. XIII, foi reconquistada pelos cristãos quase um século depois da independência de Portugal.
Por toda a sua rica história, não faltam atrações para se conhecer em Faro. A maioria delas está localizada na parte amuralhada da cidade, chamada de Vila Adentro. A muralha é um importante vestígio do período de dominação árabe no Algarve. A principal entrada da muralha para a Vila Adentro é o Arco da Vila:
Descendo de volta para o centro histórico, você pode seguir pela Rua de Faro para chegar até as Ruínas da Vila Romana de Milreu. As ruínas foram descobertas em 1877 e a princípio, pensou-se que se tratava da cidade de Ossónoba, mas posteriormente, constatou-se que Ossónoba correspondia à Faro, e que essas ruínas eram na verdade da vila romana de Milreu. A vila começou a ser habitada no século I e há vestígios de ocupação urbana contínua até o século X. Pertence ao Patrimônio Nacional Português, na categoria de Monumento Nacional. O ingresso para visitação custa 2 euros, e você pode consultar o horário de funcionamento aqui.
Veja aqui a primeira parte dessa série de posts, sobre como chegar, se deslocar, se alimentar e se hospedar no Algarve
Veja aqui a terceira parte dessa série de posts, sobre Tavira, Vila Real de Santo António e Ayamonte
Veja aqui a quarta parte dessa série de posts, sobre Albufeira e Portimão
Veja aqui a quinta e última parte, sobre Sagres e Lagos
Após trazer para vocês dicas sobre como chegar, se deslocar, se hospedar e se alimentar no Algarve, e de quais são as melhores cidades e vilas para conhecer, vou começar a falar sobre cada uma delas! A primeira cidade que conheci foi Faro e de lá, fiz um bate volta para Estoi! Portanto, falarei hoje sobre essas duas localidades!
FARO
Faro é a capital do Distrito de Faro, que corresponde ao Algarve. Possui mais de 65 mil habitantes e sua origem remonta ao séc. VIII a.c., no período de colonização pelos fenícios, quando se chamava Ossónoba. Nos séculos seguintes, passou por períodos de dominação romana, bizantina e visigoda, e entre os sécs. VIII e XIII d.c., dominação árabe (assim como em todo o Algarve e Andaluzia). No séc. XII a cidade era chamada Harun, uma referência à Dinastia Banu Harun, e o atual nome da cidade, Faro, deriva desse antigo nome (Harun --> Faaron --> Faro). No séc. XIII, foi reconquistada pelos cristãos quase um século depois da independência de Portugal.
Por toda a sua rica história, não faltam atrações para se conhecer em Faro. A maioria delas está localizada na parte amuralhada da cidade, chamada de Vila Adentro. A muralha é um importante vestígio do período de dominação árabe no Algarve. A principal entrada da muralha para a Vila Adentro é o Arco da Vila:
Na Vila Adentro, se destacam o prédio da Câmara Municipal, o Largo da Sé, a Catedral Sé de Faro e o Museu de Arqueologia.
Fachada do prédio da Câmara Municipal, à noite
O Largo da Sé, visto do alto da Catedral (ao fundo, a Câmara Municipal)
O Largo da Sé, visto do alto da Catedral
A Catedral da Sé de Faro, ou Igreja de Santa Maria, do séc. XIII, foi construída por cima de uma mesquita muçulmana, para simbolizar a reconquista do Algarve pelos cristãos e a expulsão dos árabes. Isso ocorreu em várias localidades da península ibérica e talvez a única exceção tenha sido a Catedral Mesquita de Córdoba (você pode ler sobre ela aqui). A catedral de Faro passou por várias reformas e ampliações e possui muitas capelas em estilos bem diferentes, como gótico, maneirista e barroco. No exterior da catedral, é possível visitar a Torre Sineira, o claustro, o jardim e a Capela de São Miguel. O bilhete para conhecer a catedral e essas áreas externas custa 3.50 euros. Aos domingos, não é possível fazer a visita turística à catedral, apenas assistir à missa.
Fachada da Catedral
No alto da Torre Sineira
Capela de São Miguel
Jardins do claustro
Órgão da catedral
Altar principal da Catedral
Capela de Nossa Senhora da Conceição
Capela de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos
Ainda na Vila Adentro, está localizado o Museu Arqueológico e Lapidar Infante D. Henrique, também conhecido como Museu Municipal de Faro. Lá existe uma bela coleção de pinturas dos sécs. XVI e XVII, e de vestígios arqueológicos dos períodos de dominação romana e árabe. Também se encontra exposto no museu o Mosaico do Deus Oceanus. Esse painel data de finais do século II ou inícios do III d.C, e pelo desgaste, provavelmente estaria integrado num edifício público. O bilhete para visitação custa 2 euros. Para horários, clicar aqui.
Fachada do Museu à noite
Uma das salas com exibição de pinturas
Coleção arqueológica do período romano
Mosaico do Deus Oceanus
Saindo da Vila Adentro, em direção à Rua Comandante Francisco Manuel, é possível percorrer uma boa parte da muralha bem preservada, bem em frente à Ria Formosa. A Ria Formosa é um estuário que se estende pelos concelhos de Loulé, Faro, Olhão, Tavira e Vila Real de Santo António, possuindo uma área de cerca de 18.400 ha, ao longo de 60 km de extensão. É considerada uma das 7 maravilhas naturais de Portugal. No Cais das Portas do Mar, partem passeios de lancha e ferry boat até as Ilhas do Faro, Deserta e/ou da Culatra. Eu optei em fazer o passeio de ferry boat até a Ilha Deserta. Mas há uma opção de lancha estilo hop on hop off na qual é possível descer nas três ilhas na parte da Ria Formosa em frente à Faro. Há várias outras opções de passeios partindo dos outros concelhos que integram a Ria Formosa, inclusive de bicicleta, a pé, de caiaque e de veleiro. Você pode conferir todas as opções nos sites da Animaris, Formosamar e Hop On Hop Off Islands. Eu optei em ir de Ferry boat da Animaris até a Ilha Deserta. O ticket ida e volta custa 10 euros. Ao longo do trajeto do cais até a ilha, é possível avistar muitas aves marinhas, vários canais, pântanos e bancos de areia.
Parte bem conservada da muralha, em frente ao Cais
Alguns cliques pela Ria
Na Ilha Deserta
De volta a Faro, não deixe de passear ao largo do Jardim Manuel Bivar, onde há prédios interessantes para apreciar, como a Santa Casa de Misericórdia, o Banco de Portugal, o Café Aliança e um letreiro com o nome Faro.
Santa Casa de Misericórdia
Banco de Portugal
Café Aliança, um dos restaurantes mais antigos de Faro
💖Faro
Bem perto dessa região, está o terminal de autocarros da EVA transportes. De lá, você pode pegar autocarros para praticamente todas as cidades litorâneas do Algarve e muitas do interior. Para saber como adquirir o passe da EVA e economizar em sua viagem no Algarve, não deixe de ler a minha primeira postagem. De lá, peguei um autocarro e fiz um bate e volta para Estoi!
ESTOI
Estoi é uma localidade do concelho de Faro com menos de 4000 habitantes, localizada a cerca de 10km de Faro. A viagem dura cerca de 25 minutos e os horários podem ser consultados aqui. O destino final da linha é São Brás de Alportel. Chegando em Estoi, é possível descer na paragem mais próxima das ruínas de Milreu ou na paragem mais próxima ao centro da cidade. É preferível descer no centro e conhecer primeiro a igreja e o palácio, e depois seguir para as ruínas, pois será um caminho mais tranquilo, descendo ladeiras.
Quando visitei Estoi, a Igreja estava fechada, pude apenas contemplá-la de fora, no centro histórico da localidade. Por trás da Igreja, há um caminho muito simpático, um pouco ladeiroso, passando por típicas casas portuguesas, pracinhas e um mercado até chegar no Palácio.
Igreja Matriz de Estoi
Caminho para o Palácio
Jardim Ossónoba
Antigo Mercado de Estoi
O Palácio de Estoi é o único em estilo rococó da região. Começou a ser construído em 1840 e em 1977, foi declarado como imóvel de interesse público. Atualmente, pertence à rede hoteleira Pestana, compondo o conjunto das Pousadas de Portugal, que também inclui o Castelo de Óbidos, em Óbidos, e o Convento de Tavira, em Tavira. Ainda é possível visitar gratuitamente o Palácio, estando preservados conforme o original a capela, os dois salões principais, os jardins e toda a fachada externa da casa. Basta se dirigir à recepção do hotel e pedir para visitar o Palácio. Lá, há acesso wifi aberto, banheiros e uma cafeteria acessíveis para visitantes não hóspedes.
Capela em estilo Luis XV
Acima e abaixo, os salões principais do palácio
A bela fachada do Palácio de Estoi, voltada para os jardins
Os jardins do Palácio
Vestígios de um painel
O templo paleocristão de Milreu
Em alguns pontos, há cordões de isolamento para evitar pisoteio e maior degradação dos painéis
Eu e a casa rural ao fundo, que foi construída e ocupada entre os séculos XV e XIX.
Ruínas do edifício romano original, sobre o qual a casa rural foi construída
Para retornar até Faro, basta atravessar a ponte sobre o Rio Seco e poucos metros à frente, está a paragem de autocarros. Espero que tenham curtido essa postagem! Sintam-se à vontade para me escrever! Na próxima postagem, trarei dicas imperdíveis sobre Tavira, Vila Real de Santo António e Ayamonte!
Veja aqui a terceira parte dessa série de posts, sobre Tavira, Vila Real de Santo António e Ayamonte
Veja aqui a quarta parte dessa série de posts, sobre Albufeira e Portimão
Veja aqui a quinta e última parte, sobre Sagres e Lagos
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