Prezados viajantes,
Após trazer para vocês dicas sobre como chegar, se deslocar, se hospedar e se alimentar no Algarve, e quais são as melhores cidades e vilas para conhecer, e lhes apresentar as principais atrações de Faro e de Estoi, hoje falarei sobre as cidades de Tavira, Vila Real de Santo António e Ayamonte!
TAVIRA
Tavira é uma cidade com cerca de 13.400 habitantes, localizada a 37km de Faro. A viagem de autocarro entre essas cidades dura cerca de 1 hora, pela linha que segue até Vila Real de Santo António. E a viagem de comboio dura cerca de 40 minutos, mas a estação de comboio de Tavira fica mais afastada do centro do que a estação de autocarros.
Essa bela cidade algarvia é banhada pelas águas do Rio Gilão, onde está localizada uma das principais atrações de Tavira, a Ponte Romana.
Entre os séculos VIII e XII, todo o Algarve esteve sob domínio muçulmano. O Núcleo museológico islâmico retrata esse período da história, com muitos objetos encontrados em escavações. O mais famoso deles é o Vaso de Tavira, esse belo item no canto superior direito da foto abaixo. Em Tavira, existem alguns ingressos combinados para visitar as principais atrações, e eu optei em comprar o combinado Núcleo Islâmico e Palácio da Galeria por 3 euros (ambos fazem parte do Museu Municipal de Tavira).
O próximo ponto de interesse no centro histórico é o Castelo de Tavira. O castelo data do período de dominação árabe na Península Ibérica e, após a reconquista cristã, no século XIII, foi reformado. É considerado um dos Monumentos Nacionais de Portugal. É possível subir em alguns pontos da muralha, de onde é possível contemplar uma bela vista da cidade, e passear pelo jardim do castelo. A entrada é gratuita, e o castelo está aberto das 10:00-17:00 (inverno) e das 10:00-19:00 (verão). O principal portão de acesso está localizado no Largo Abu Otmana, uma praça em frente à Igreja de Santa Maria do Castelo. Essa igreja também é considerada um Monumento Nacional de Portugal, e foi construída após a reconquista cristã, por cima de uma mesquita árabe. Era originalmente em estilo gótico, mas após o terremoto de 1755, foi reformada, sendo sua arquitetura original em grande parte descaracterizada. O horário de visita é bem restrito, e infelizmente não consegui entrar na igreja para conhecê-la por dentro. Porém, a fachada externa e o Jardim do Largo, onde também estão localizados o Convento e a Igreja de Santiago, já valem a pena o passeio. O Convento atualmente é uma pousada da rede Pestana, e sua arquitetura interna foi bastante descaracterizada, mas externamente, foi mantida.
Como dito anteriormente, o ticket para visita do Museu Municipal inclui a entrada para os dois prédios principais, o Núcleo Islâmico, e o Palácio da Galeria. Após passear pelo largo, segui o caminho por trás das igrejas até chegar no Palácio da Galeria. Escavações no subsolo do palácio revelaram a existência de poços de rituais fenícios, que datam dos séculos VII-VI a.C. O palácio tem arquitetura barroca, sendo atualmente uma galeria para exposições temporárias. Quando o visitei, a exposição em cartaz tratava sobre a dieta mediterrânea.
Após trazer para vocês dicas sobre como chegar, se deslocar, se hospedar e se alimentar no Algarve, e quais são as melhores cidades e vilas para conhecer, e lhes apresentar as principais atrações de Faro e de Estoi, hoje falarei sobre as cidades de Tavira, Vila Real de Santo António e Ayamonte!
TAVIRA
Tavira é uma cidade com cerca de 13.400 habitantes, localizada a 37km de Faro. A viagem de autocarro entre essas cidades dura cerca de 1 hora, pela linha que segue até Vila Real de Santo António. E a viagem de comboio dura cerca de 40 minutos, mas a estação de comboio de Tavira fica mais afastada do centro do que a estação de autocarros.
Essa bela cidade algarvia é banhada pelas águas do Rio Gilão, onde está localizada uma das principais atrações de Tavira, a Ponte Romana.
As principais atrações da cidade ficam do lado sul-sudoeste da ponte. Bem próximo à ela, estão localizados o Jardim Público de Tavira, a Praça da República, o posto de turismo, o Núcleo Museológico Islâmico, vários restaurantes e lojinhas de artesanato e as entradas para o centro histórico da cidade.
Coreto no Jardim Público de Tavira
Acima e abaixo, cliques da Praça da República
Entre os séculos VIII e XII, todo o Algarve esteve sob domínio muçulmano. O Núcleo museológico islâmico retrata esse período da história, com muitos objetos encontrados em escavações. O mais famoso deles é o Vaso de Tavira, esse belo item no canto superior direito da foto abaixo. Em Tavira, existem alguns ingressos combinados para visitar as principais atrações, e eu optei em comprar o combinado Núcleo Islâmico e Palácio da Galeria por 3 euros (ambos fazem parte do Museu Municipal de Tavira).
Subindo pela Rua da Liberdade, você encontrará uma das entradas para o centro histórico de Tavira. Bem perto desse primeiro acesso, está a Igreja da Misericórdia. É considerada um dos monumentos mais representativos do período renascentista de Portugal, tendo sido construída no séc. XVI. Os painéis em azulejo, que retratam as obras de misericórdia, datam do séc. XVIII. Também há opções combinadas de ingressos para conhecer as igrejas, sendo o mais básico aquele que inclui a visita à igreja e à coleção de arte sacra, custando 2 euros. Há ingressos que incluem, além das atrações acima, o campanário ou a Igreja de Santa Maria, por 3 euros, e o campanário e a Igreja de Santa Maria, por 4 euros.
Porta de acesso ao centro histórico
O pórtico principal da Igreja da Misericórdia
Cliques dentro da Igreja, com o destaque para o altar, abaixo; não é permitido fotografar a exposição de artes sacras
Cliques de alguns azulejos com as obras da misericórdia
Subindo pelo Largo da Misericórdia, chegamos nas Ruínas Fenícias. Neste lugar, havia uma residência medieval, com vestígios arqueológicos dos sécs. VIII a.c. - XVIII d.c., além de ruínas de uma muralha fenícia do séc. VIII a.c., de um altar turdetano do séc. IV a.c. e de habitações islâmicas dos sécs. XII - XIII d.c.. Portanto, trata-se de um importante achado arqueológico do Algarve, com registros das passagens dos Turdetanos, Fenícios, Muçulmanos e Cristãos pela região. Foi possível ver as ruínas pelas grades que isolavam o espaço, que na ocasião estava em processo de escavação e restauração para a inauguração do Núcleo Museológico Fenício/Turdetano.
O próximo ponto de interesse no centro histórico é o Castelo de Tavira. O castelo data do período de dominação árabe na Península Ibérica e, após a reconquista cristã, no século XIII, foi reformado. É considerado um dos Monumentos Nacionais de Portugal. É possível subir em alguns pontos da muralha, de onde é possível contemplar uma bela vista da cidade, e passear pelo jardim do castelo. A entrada é gratuita, e o castelo está aberto das 10:00-17:00 (inverno) e das 10:00-19:00 (verão). O principal portão de acesso está localizado no Largo Abu Otmana, uma praça em frente à Igreja de Santa Maria do Castelo. Essa igreja também é considerada um Monumento Nacional de Portugal, e foi construída após a reconquista cristã, por cima de uma mesquita árabe. Era originalmente em estilo gótico, mas após o terremoto de 1755, foi reformada, sendo sua arquitetura original em grande parte descaracterizada. O horário de visita é bem restrito, e infelizmente não consegui entrar na igreja para conhecê-la por dentro. Porém, a fachada externa e o Jardim do Largo, onde também estão localizados o Convento e a Igreja de Santiago, já valem a pena o passeio. O Convento atualmente é uma pousada da rede Pestana, e sua arquitetura interna foi bastante descaracterizada, mas externamente, foi mantida.
Alguns cliques do Castelo de Tavira
Vista da cidade do alto das muralhas
Igreja de Santa Maria do Castelo; vista do portal principal, na entrada
Lateral e fundos da Igreja
Igreja de Santiago
Fachada da Pousada Convento de Tavira
O claustro do antigo convento, agora modernizado; essa é a única parte que não hóspedes podem circular (foto de internet; esqueci de fotografar no dia que estive lá).
Como dito anteriormente, o ticket para visita do Museu Municipal inclui a entrada para os dois prédios principais, o Núcleo Islâmico, e o Palácio da Galeria. Após passear pelo largo, segui o caminho por trás das igrejas até chegar no Palácio da Galeria. Escavações no subsolo do palácio revelaram a existência de poços de rituais fenícios, que datam dos séculos VII-VI a.C. O palácio tem arquitetura barroca, sendo atualmente uma galeria para exposições temporárias. Quando o visitei, a exposição em cartaz tratava sobre a dieta mediterrânea.
Poços fenícios
Exposição sobre dieta mediterrânea
Voltando às margens do Rio Gilão, é possível caminhar até o local de partida dos passeios de ferry boat para a Ilha de Tavira (só partem na alta estação) ou até as salinas de Tavira. Como eu iria passar pelas Salinas de Olhão, no caminho de Tavira para Albufeira, optei em fazer um outro passeio no dia seguinte: um bate e volta até Vila Real de Santo António e de lá, atravessar a fronteira com a Espanha até Ayamonte. No final de tarde, fui conhecer o outro lado da ponte romana, onde há mais lojinhas de artesanato e restaurantes com preços mais atrativos do que os que ficam do lado mais badalado do rio.
VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO
Da rodoviária de Tavira, peguei o autocarro até Vila Real de Santo António. É o mesmo autocarro que sai de Faro até Tavira, cujos horários já linkei acima. A viagem dura cerca de 40 minutos e faz paradas no simpático povoado de Luz de Tavira e na badalada praia de Monte Gordo. A estação de autocarros de Vila Real fica bem pertinho do cais no Rio Guadiana e do centro histórico da cidade. A caminhada pelas margens do rio é muito agradável, e chama atenção a fachada de um prédio hoje fechado, mas que já foi um dos locais mais disputados de Vila Real: o Grande Hotel Guadiana. O hotel foi construído entre 1918 e 1921, sendo projetado em estilo francês, com traços de Arte Nova e composição clássica. Quando estive lá, havia planos para a sua restauração e reabertura, como uma das Pousadas de Portugal da rede Pestana.
VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO
Da rodoviária de Tavira, peguei o autocarro até Vila Real de Santo António. É o mesmo autocarro que sai de Faro até Tavira, cujos horários já linkei acima. A viagem dura cerca de 40 minutos e faz paradas no simpático povoado de Luz de Tavira e na badalada praia de Monte Gordo. A estação de autocarros de Vila Real fica bem pertinho do cais no Rio Guadiana e do centro histórico da cidade. A caminhada pelas margens do rio é muito agradável, e chama atenção a fachada de um prédio hoje fechado, mas que já foi um dos locais mais disputados de Vila Real: o Grande Hotel Guadiana. O hotel foi construído entre 1918 e 1921, sendo projetado em estilo francês, com traços de Arte Nova e composição clássica. Quando estive lá, havia planos para a sua restauração e reabertura, como uma das Pousadas de Portugal da rede Pestana.
Na Marina de Vila Real
Hotel Guadiana
No centro de Vila Real, está a principal praça da cidade, Marquês de Pombal. Ao redor da praça, estão: a Câmara Municipal de Vila Real, a Paróquia de Nossa Senhora da Encarnação, lojas de artesanatos, bancos e muitos restaurantes. Após visitar a igreja, segui caminhando pelas ruas da cidade, passando pelo Centro Cultural António Aleixo.
Praça Marquês de Pombal, com a Paróquia ao fundo
Dentro da Igreja
Centro Cultural António Aleixo
AYAMONTE
Vila Real é uma cidade pequena que dá para conhecer a pé em uma manhã. À tarde, a dica é pegar o ferry boat e atravessar o Rio Guadiana, até Ayamonte, na Espanha. Apesar de cruzar a fronteira, que é o rio, em momento algum foi solicitada alguma documentação ou identificação. Porém, não deixe de levar seu passaporte para esse passeio. O ticket do ferry custa 1.90 euros o trecho, e ele sai de hora em hora. O trajeto dura cerca de 15 minutos. Ao atravessar, lembre-se da diferença do fuso horário entre Portugal e Espanha (uma hora a mais que em Portugal).
Ayamonte é uma pequeno município que compõe a comunidade autônoma da Andaluzia. Conheci as principais cidades da Andaluzia em outra viagem (você pode ler sobre minha viagem por Sevilha, Granada e Córdoba nesses links) e aproveitei a proximidade do Algarve com essa região para conhecer mais uma cidade e reviver os ares andaluzes. Bem pertinho do cais, está a Prefeitura, ou Ayuntamiento de Ayamonte, e em frente a ela, a Plaza de La Laguna. Nela, bancos com azulejos, que lembram aqueles da Plaza de España, em Sevilha.
Ayuntamiento de Ayamonte
Plaza de La Laguna
Seguindo a caminhada, cheguei até a Parroquia de Nuestra Señora de Las Angustias, a principal igreja de Ayamonte. Perto dali, outra praça tipicamente andaluza, a Plaza de la Coronación, com mais bancos ornamentados com belos azulejos. Ao redor da igreja e das praças, tem muitos restaurantes, sorveterias e lojinhas de souvenir. A marina de Ayamonte também reserva uma bela paisagem para um passeio de fim de tarde.
Parroquia de Nuestra Señora de Las Angustias
Detalhes da Plaza de la Coronación, em azulejo tipicamente andaluz
Marina de Ayamonte
Após passear pelas ruas de Ayamonte, atravessei o rio de volta para Vila Real e de lá, segui para Tavira, onde dormi mais uma noite, antes de seguir viagem para Albufeira. Falarei sobre essa cidade e também sobre Portimão no próximo post!! Não deixem de ler a parte 1 e a parte 2 dessa viagem, e de mandar suas dúvidas ou comentários aqui no blog!
Lindas fotos...Amei os lugares, só aumenta minha vontade de conhecer Portugal e Espanha...
ResponderExcluirObrigada, Cris! Portugal é um país muito belo e com muitas maravilhas para conhecer, apesar de ser tão pequeno! Abraços!
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